Presidente da Aprosoja MT considera meramente política a decisão sobre constitucionalidade do Funrural

Em visita à cidade de Vera/MT, nesta terça-feira (16), pra divulgar a 12ª edição do circuito Aprosoja/MT, Endrigo Dalcin, presidente da instituição em Mato Grosso, falou sobre diversos assuntos, e também prestou contas aos associados sobre o trabalho realizado pelo órgão, com relação a ações, projetos, ganhos e percas na área rural.

 

Atrelado a isso o presidente também comentou sobre a recente reversão de Inconstitucional para Constitucional, o Fundo de Assistência ao Trabalhador Rural (Funrural). Para a Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja), esse era um assunto encerrado já que o próprio governo na criação da reforma da previdência não contabilizava os ganhos deste imposto.

 

A Aprosoja considera a decisão, meramente política uma vez que a votação ficou em seis votos a cinco. Para o presidente, o governo está “faminto” por recursos financeiros por causa da crise que o país vive e está jogando nas costas do produtor rural a incumbência por ajudar o governo a diminuir a crise.

 

 “É muito triste ver o desfecho de um assunto que ao nosso entender já estava consolidado como inconstitucional. E numa reversão politica do assunto se transforma em mais um problema que cai no colo do agricultor pra ele pagar”, disse Dalcin.

 

Como ele está seguindo o roteiro do Circuito, quem está acompanhando os assuntos e repassando aos Estados é Marcos da Rosa, presidente da Aprosoja Brasil, que acompanha de perto as discussões juntamente com a frente parlamentar da agropecuária em Brasília e  transmite diariamente as informações de como a situação está.

 

Ele explicou que alguns produtores já estavam pagando ou depositando em juízo o imposto, estes ficam com menos problemas pois a alíquota é de 1.2 ou 1.3%, mas a grande maioria não estava fazendo a contribuição. Estes vão pagar mais 0,8% da produção e isso faz com que a divida seja abatida com o tempo, embora o valor seja grande devido ao acumulo de passivo que o produtor vai começar a pagar a partir de 2018.

 

Ainda ressaltou que os valores que estavam em juízo já foram usados pelo governo no ano passando.

 

AGRO SOLIDÁRIO

 No mesmo encontro o presidente pediu a ajuda dos produtores associados para a aquisição de cerca de R$1.5 milhões, que serão doados para o Hospital do Câncer de Cuiabá/MT. Este recurso será investido na estruturação da ala de Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), que ainda não existe naquele hospital.

 

Em Vera o responsável pela arrecadação junto aos produtores é o sindicato Rural, que vai depositar este recurso em uma conta exclusiva para este fim, assim como todos os valores arrecadados em outros municípios.

 

Dalcin tem certeza de que a arrecadação será ainda maior do que R$ 1.5 milhões. “O produtor tem um coração bom, ele reconhece que a nossa produção nesta safra foi boa e que assim como o tempo e as  condições climáticas nos ajudaram, nós também temos que ajudar quem mais precisa”, completou.